Geralmente tem início no revestimento dos canais biliares do fígado ou da vesícula biliar. Geralmente é dividido em duas categorias: o primário do fígado e o secundário, ou metastático (originado em outro órgão e que atinge também o fígado). O termo “primário do fígado” é usado nos tumores originados no fígado, como o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular (tumor maligno primário mais frequente que ocorre em mais de 80% dos casos), o colangiocarcinoma (que acomete os ductos biliares dentro do fígado), angiossarcoma (tumor do vaso sangüíneo) e, na criança, o hepatoblastoma.
Apesar de não estar entre as neoplasias mais prevalentes, o câncer hepatobiliar requer alta complexidade no seu diagnóstico e proficiência no tratamento. Porém, de acordo com os dados consolidados sobre mortalidade por câncer no Brasil em 1999, o câncer de fígado e vias biliares ocupava a sétima posição, sendo responsável por 4.682 óbitos.
Diagnóstico do câncer de fígado
Nos pacientes de alto risco, a identificação precoce do carcinoma hepatocelular poderá ser realizada através da dosagem de alfafetoproteína sérica e ultrassonografia hepática. A exatidão da ultrassonografia na identificação de pequenos tumores aumentou de 25% para 90% nos últimos 10 anos. A tomografia computadorizada consegue identificar lesões neoplásicas do fígado com exatidão de 75% a 90%. Porém, lesões menores do que 3 cm têm a sua detecção prejudicada devido à isodensidade do parênquima hepático normal. Este exame pode definir um pouco melhor a extensão do tumor nos pacientes com cirrose hepática.
Tratamento
O tipo de tratamento é definido a partir do estágio em que o câncer de fígado se encontra e os mais utilizados são: quimioterapia, rádioembolização, cirurgia e transplante do órgão. O tratamento cirúrgico é o mais indicado nos tumores hepáticos primários.Uma alternativa que permite aos pacientes que estão à espera de um transplante aguardarem na fila ou serem submetidos à retirada do tumor, é a quimioembolização hepática. É um procedimento minimamente invasivo, que consiste na injeção de quimioterápicos dentro das artérias que irrigam o tumor, fazendo com que haja o fechamento e uma diminuição significativa do tamanho do tumor.
Radioterapia
A radioterapia nos tumores hepáticos é limitada, pois a dose tolerada fica abaixo da necessária para uma efetiva ação antitumoral e controle da lesão, mas acarreta alívio temporário de sintomatologia.
Quimioembolização
Na quimioembolização (técnica da Radiologia Intervencionista) emprega-se a combinação de drogas e partículas de gel insolúvel, que são infundidas até que haja uma estagnação do fluxo arterial para o tumor, determinando um aumento da concentração local da droga com simultânea isquemia e necrose.
Fonte: INCA