O diagnóstico do mioma pode ser feito pelo histórico da paciente e pelo exame físico.
A confirmação do mioma é feita através dos exames de imagem.
Mioma é um tumor benigno e não se sabe ao certo porque ele se desenvolve, sabe-se que apenas 0,5% viram câncer.
No caso do mioma, o problema acontece no tecido do útero e pode se formar na parte de dentro ou de fora, ou entre as paredes do útero.
A menstruação é o maior termômetro da saúde feminina, e deve ser observada. Por exemplo, se o fluxo diminuiu, aumentou e/ou mudou de frequência há alguns meses são sinais de que algo está errado. Algumas mulheres descobrem o mioma porque têm cólicas fortes durante a menstruação, outras começam a ter sangramentos fora do período menstrual, o espaço de tempo entre as menstruações diminui ou têm fluxo mais abundante. Algumas chegam a sentir dor durante a relação sexual.
Confira neste vídeo como é feita a embolizaçao do mioma uterino e a técnica intervencionista aplicada pelo médico especialista.
Exame de Mioma
Geralmente o mioma é identificado durante uma consulta de rotina com o médico.
Durante o exame físico o médico identifica um volume no útero e solicita um exame para analisar se realmente é um mioma e qual o tipo de mioma.
O exame por imagem geralmente apresenta os resultados com precisão e assim o médico ginecologista poderá encaminhá-la para o médico especialista.
Hoje a Radiologia Intervencionista é uma das especialidades que trata o tumor através da embolização do mioma sem precisar retirar o útero.
Benefícios da embolização de mioma
- Procedimento minimamente invasivo;
- Não retira o útero;
- Não há necessidade de incisão (corte);
- Retorno rápido as atividades;
- Perda mínima de sangue durante a embolização;
- Não é necessario anestesia geral;
- Raros são os casos onde novos miomas voltam a surgir, sendo a embolização de miomas uterinos o tratamento permanente mais eficaz do que qualquer outra opção.
Em que idade o mioma aparece?
O mioma costuma aparecer a partir dos 30 a 35 anos, são mais comuns em mulheres com mais de 40 anos. Isto porque, nessa fase, costuma diminuir a quantidade do hormônio progesterona. Sem o progesterona, a ação do estrógeno aumenta, acelerando a produção das células que podem formar o mioma. Isto também explica por que a reposição hormonal deve ser cuidadosamente acompanhada pelo médico.
Como o mioma pode ser identificado?
O diagnóstico do mioma pode ser feito pelo histórico da paciente e pelo exame físico realizado pelo ginecologista (toque vaginal) durante uma consulta de rotina. Mesmo que o ginecologista tenha percebido o aumento do útero da mulher – sintoma que indica a presença de mioma – o diagnóstico só poderá ser confirmado pelos exames de imagem, como:
Ultrassom: exame simples e indolor. Através desse exame é possível quantificar o número, tamanho e localização dos nódulos de mioma no útero. A visualização do endométrio (camada que recobre o útero por dentro) e dos ovários também é de igual importância para afastar outras doenças que possam coexistir com o mioma. Vale ressaltar que o ultrassom é contra-indicado por via transvaginal em pacientes virgens ou com estreitamento do canal vaginal.
Histeroscopia: exame no qual é inserida uma sonda no útero, contendo uma espécie de câmera que permite a visualização da cavidade uterina e ajuda no diagnóstico do mioma submucoso.
Ressonância magnética: o estudo do mioma por ressonância magnética oferece vantagens significativas sobre a ultrassonografia, já que permite que o mioma seja estudado com maior detalhe. Na ressonância, é possível obter não apenas informações sobre a localização, número e volume do mioma, como também a caracterização tecidual e a vascularização do mioma, além do efeito deste sobre outras estruturas pélvicas (ovários, bexiga, ureteres e intestino).
Para tratar o mioma é preciso retirar o útero?
Não, atualmente com todas as técnicas existentes, a última opção para o tratamento do mioma é a retirada do útero.
A Histerectomia ou retirada do útero pela Miomatose, que é uma doença benigna, é algo fora de questão. Além da gestação, o útero é fundamental para a manutenção do orgasmo feminino, tem funções hormonais alem de ser importante para a feminilidade. Assim sua retirada pode levar a mulher a ser anorgasmica, resultando em estado depressivo e perda da feminilidade.
Quando deve-se tratar o mioma?
A necessidade de tratamento do mioma está relacionada com a presença de sintomas e a escolha da melhor opção deve ser feita sempre junto com o médico. Mas é preciso atenção, pois quanto mais tempo se leva para diagnosticá-lo e tratá-lo, há mais chance de o caso se complicar.
Como decidir entre as opções de tratamento?
Os tratamentos de mioma têm sido cada vez mais estudados e aprimorados. Desta forma, a melhor opção de tratamento é aquela que pode ser planejada e abertamente discutida entre o médico e a paciente, levando-se em consideração o quadro clínico apresentado, bem como o desejo da paciente em preservar o útero e/ou restaurar a fertilidade.
Como é o tratamento intervencionista?
No passado os tratamentos para este tipo de problema eram agressivos, quase sempre envolvendo histerectomia (remoção do útero). Hoje existem tratamentos menos invasivos, como a embolização de mioma.
Embolização é um tratamento indicado para as pacientes que desejam manter o útero, é um procedimento minimamente invasivo e não causa traumas como a perda do órgão.
Os tumores fibróides do útero, ou miomas, são tratados pelo médico especialista em ambiente hospitalar com tecnologia moderna.
A paciente precisará dispor de 1 dia para internação e poderá retornar a sua rotina após 5 dias (com avaliação médica).
O procedimento de embolização do mioma é realizado com anestesia local, os médicos usam um tubo fino e flexível chamado catéter que segue dentro da artéria uterina, que nutre o mioma. Ao chegar neste local é feita a embolização daquele vaso, ou seja, é bloqueado o fluxo de sangue para o mioma e faz com que ocorra a redução do tumor.
A intervenção é acompanhada pelos médicos através de um aparelho semelhante ao de raio-X, o que garante total sucesso do tratamento.