Oclusão Arterial: São obstruções ou entupimentos nos vasos responsáveis por levar o sangue limpo do coração para o resto do corpo.
Ocorrem com mais frequência em pacientes diabéticos e nos fumantes. Quando acomete as pernas, por exemplo, o paciente tem muita dor ao andar, além de resfriamento no membro, dor ao repouso, podendo apresentar até gangrena e necrose desse membro.
Quando ocorre nas carótidas (artéria do pescoço que leva sangue ao cérebro) o paciente pode apresentar um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), conhecido como derrame. Nas artérias viscerais (que irrigam os órgãos) o paciente pode apresentar cólicas abdominais fortes e desconforto principalmente após as refeições.
Normalmente, os tratamentos cirúrgicos convencionais implicam em grandes cirurgias, com muitos dias de afastamento para a recuperação e com resultados nem sempre satisfatórios.
A Radiologia Intervencionista consegue resolver esses problemas de forma simples e, na maioria das vezes, rápida através das angioplastias com ou sem o implante de stents (canudos que abrem a luz das artérias).
Aterosclerose
Antes de mais nada é importante explicar que as artérias proporcionam nutrientes e oxigênio a todos os órgãos e tecidos do corpo, mas com a idade vão se tornando mais duras e mais frágeis. Esta mudança afeta todas as pessoas com mais de 50 anos de idade, e denomina-se arteriosclerose.
A arteriosclerose pode classificar-se patologicamente em três tipos, sendo o mais comum a aterosclerose. Ela manifesta-se quando o colesterol, um tipo de gordura, se acumula nas paredes das artérias, tornando-as mais estreitas, o que acaba por criar obstáculos ao fluxo sanguíneo.
Quais os sintomas da Arteriosclerose?
Algumas pessoas não desenvolvem quaisquer sintomas mesmo quando as suas pernas já começaram a ter coágulos (este período é denominado estágio I de Fontaine), bem como não não fazem um diagnóstico preventivo.
A medida que a doença evolui, logo depois entre os primeiros sintomas frequentemente reconhecidos está a dor na barriga das pernas após caminhar-se aproximadamente 300 metros, o que obriga a pessoa a parar para descansar, antes de poder prosseguir.
O termo médico neste caso é claudicação intermitente ou estágio II de Fontaine. Estes sintomas ocorrem também em algumas neuropatias das costas, tais como a estenose espinal e a hérnia discal, pelo que é fundamental diagnosticar se o caso está relacionado com as artérias, com os nervos ou com ambos.
Se estivesse relacionado com as artérias, fazer uma pausa, mesmo em pé, devia ser suficiente para que a dor desaparecesse. No entanto, se estiver relacionado com os nervos, o paciente vai se sentir desconfortável ao começar a andar e não será capaz de descansar em pé. Neste caso, o paciente sentirá provavelmente dor nas costas e câimbras nos pés.
A medida que o endurecimento das artérias avança, a distância caminhada, após esse descanso, torna-se cada vez mais curta. Neste ponto aparecem pequenas feridas que vão se estendendo até se converterem em úlceras difíceis de curar. Conforme a doença se agrava, a dor nas pernas torna-se tão intensa que não deixa o paciente conciliar o sono.
A este sintoma chamamos de dor em repouso, ou estágio de Fontaine III, e aparece justamente antes das pernas começarem a deteriorar-se. Por fim, a superfície dos pés e dos tornozelos começa a gangrenar.
A isto chamamos de estágio IV de Fontaine. Caso não seja tratado a tempo, a deterioração pode se propagar do tornozelo ao restante da perna.
Para se diagnosticar os sintomas, mede-se a pressão sanguínea nos tornozelos, que é comparada com a das extremidades superiores para ver em que proporção é mais baixa.
Para que o pacientes possam andar e correr normalmente, recomenda-se que seja submetido a cirurgia o quanto antes.
Leituras científicas: Caderno de Hipertensão arterial sistêmica