A causa de surgimento do mioma (ou mioma uterino) é desconhecida, mas sabe-se que seu crescimento depende de fatores hormonais, diminuindo de tamanho após a menopausa.
Estudiosos acreditam que sua origem seja no miométrio, um músculo da parede do útero, o Dr. Henrique Elkis explica que o mioma é um tumor benigno que raramente vai evoluir para um câncer ou outro tipo de doença. O mioma é composto basicamente de músculo e tecido e a maioria das mulheres que têm mioma não apresenta sinais do problema.
O mioma pode ser hereditário?
Sim. Se há histórico de casos de mioma na família, ou diretamente com a mãe e irmãs você pode ser uma forte candidata a desenvolver o mioma. Isso acontece porque a mulher pode herdar características biológicas. Neste caso é importante observar os sintomas e ter um acmpanhamento médico.
Tratamento de mioma
O tratamento do mioma deve ser individualizado e pode ser clínico, cirúrgico ou intervencionista.
Os tratamentos de mioma vem sendo aperfeiçoados e a embolização do mioma uterino é o tratamento menos prejudicial para a mulher pois preserva o útero e mantem o equilíbrio hormonal da mulher.
Dr. Henrique Elkis recomenda que você mantenha hábitos saudáveis para melhorar a condição do seu útero e evitar a formação dos miomas.
Quantas mulheres são afetadas pelo mioma?
Estima-se que entre 40% a 80% das mulheres na idade reprodutiva são portadoras de mioma e, destas, pelo menos um terço requer tratamento devido à presença de sintomas.
Em qual idade é mais comum o surgimento do mioma?
O mioma pode aparecer a partir da puberdade, mas as mulheres com idade entre 30 e 45 anos são mais propensas a desenvolver o mioma.
Onde o mioma se desenvolve na mulher?
O mioma surge no miométrio e pode crescer tanto dentro quanto fora do útero, além de apresentar diversas formas e tamanhos.
Qual perfil de mulheres apresenta maior incidência em desenvolver o mioma?
As estatísticas mostram que o mioma é mais comum em mulheres negras, naquelas que ainda não engravidaram e em mulheres que apresentam condições associadas a altos níveis de estrogênio no sangue.
Quais os principais sintomas das mulheres com mioma?
Se a mulher sentir dificuldade ou muita vontade de urinar, notar aumento do fluxo menstrual, apresentar prisão de ventre e dificuldade para engravidar, a causa pode ser o mioma.
Como é feito o diagnóstico?
O médico pode diagnosticar o mioma em um exame de rotina onde a paciente irá relatar os sintomas listados acima, apalpando a região do útero e na realização de exames de ultrassom e ressonância magnética.
O mioma deve ser sempre tratado?
Não. O mioma só deve ser tratado quando causa problemas para a mulher, isto é, quando provoca sintomas.
É possível as mulheres se prevenirem contra o mioma?
Infelizmente não existe uma fórmula de prevenção contra os miomas. A recomendação é manter o peso saudável, pois a gordura libera mais estrogênio no corpo o que facilita o surgimento dos miomas e exercitar-se, pois diminui a gordura localizada no corpo.
O tratamento de mioma pode ser realizado em qualquer idade?
Sim. O tratamento de mioma pode ser realizado em qualquer idade e imediatamente após ser identificado, levando sempre em consideração o tratamento mais conveniente.
Qual o tratamento menos prejudicial para o mioma?
O tratamento de mioma mais inovador e menos prejudicial para a mulher é a embolização uterina. A técnica da embolização uterina é realizada sob anestesia local através da punção de uma artéria da virilha e com catéteres muito finos “entope-se” as artérias que irrigam o mioma com pequenas esferas. Após dois ou três ciclos menstruais, a paciente passa a menstruar normalmente. Você precisará ficar internada apenas um dia, não há cortes ou cicatrizes e poderá voltar rapidamente às suas atividades. Outro benefício da embolização uterina é o fato de a função uterina ser mantida e a gravidez pós-embolização uterina ser hoje muito comum.
É possível que durante a gravidez o mioma apareça?
A associação entre mioma e gravidez ocorre em aproximadamente 0,13% a 7%. Nessa situação, o mioma pode determinar gravidez ectópica (quando o óvulo implanta em outro local que não a cavidade uterina), abortamento, parto prematuro, sangramento e dificuldades durante o parto. Cada caso deve ser analisado individualmente, para que se determine a necessidade de tratamento.