Os tumores de fígado têm como etiologias principais a cirrose causada por álcool ou a contaminação por Vírus B e C.
A Radiologia Intervencionista tem atualmente um papel fundamental quando discutimos os tumores de fígado. Esses tumores são preferencialmente nutridos pela artéria hepática. Como o fígado é nutrido preferencialmente pela veia Porta podemos embolizar (“entupir”) a artéria hepática sem prejuízo para o resto do órgão.
O objetivo da quimioembolização é, não só cortar o suprimento de sangue do tumor, como também envenená-lo com quimioterápicos. O resultado é uma diminuição do tamanho do tumor e de sua velocidade de crescimento, possibilitando ao doente aguardar a fila do transplante ou mesmo ser submetido à retirada do tumor.
Além disso a quimioembolização hepática tem como objetivo aumentar a perspectiva de vida e melhorar sua qualidade naqueles pacientes em que a quimioterapia convencional não apresentou resultados satisfatórios e não há indicação cirúrgica.
Embolização do Câncer de fígado
Os pacientes que estão à espera de um transplante, ou naqueles em que o tumor é muito grande para ser operado, podem se beneficiar de um procedimento chamado de Quimioembolização, que consiste na injeção do quimioterápico dentro das artérias que irrigam o tumor seguido de seu fechamento. Assim, além do procedimento endovascular quimioterápico ficar em contato direto com o tumor (câncer), seu alimento (sangue) é cortado, fazendo com que haja uma diminuição significativa de seu tamanho.
Qual o objetivo da quimioembolização?
Diminuindo-se o fluxo de oxigênio e nutrientes para o tumor, ocorre a sua necrose.
A injeção de drogas quimioterápicas diretamente nos vasos que irrigam o tumor, aumentam as suas concentrações locais com menos efeitos colaterais sistêmicos.
Maior tempo de ação dessas drogas localmente.
Maior penetração das drogas no tumor.
Quando está indicado a quimioembolização?
Nos pacientes com tumores pequenos que estão aguardando o transplante.
Nos pacientes com tumores pequenos que tem indicação cirúrgica de ressecção, como pré-operatório.
Nos pacientes com tumores únicos maiores que 5 cm ou mais de 3 nódulos maiores que 3 cm. Em tumores extensos que ocupem menos de 50% do volume do fígado.