A Radiologia Intervencionista é uma especialidade que tem como objetivo, proporcionar resultados semelhantes aos das técnicas convencionais porém com menor invasão, trauma, anestesias menos invasivas e menor tempo de internação.
Seu marco foi em 1953, quando um sueco chamado Seldinger, descreveu uma técnica de punção arterial que permitiu a manipulação de catéteres sem lesar a parede da artéria, além da injeção de contrastes para a visibilidade de veias e artérias. De lá para cá novos equipamentos, materiais e técnicas surgiram e possibilitaram um avanço impressionante da especialidade tornando-a fundamental em quase todas as áreas da medicina.
A Radiologia Intervencionista atua em praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo humano e trata das mais diversas doenças que acometem o homem como cânceres, aneurismas, obstruções arteriais, miomas uterinos, infertilidade masculina, hemorragias digestivas e do sistema respiratório, etc.
O profissional capacitado para realizar procedimentos intervencionistas é o Radiologista Intervencionista que deve ter Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular, ligada ao Colégio Brasileiro de Radiologia.
Tratamento de Mioma
Os miomas uterinos podem causar problemas como: dores, cólicas, sangramento excessivo, prisão de ventre, perda espontânea de urina, aumento do volume abdominal e ainda dificuldade de engravidar ou de manter uma gestação.
A embolização de miomas uterinos é um procedimento seguro, que oferece uma recuperação mais rápida.
Aneurismas de Aorta
Os aneurismas se originam por uma alteração da musculatura da parede da aorta, que é a principal artéria do nosso corpo e leva sangue do coração para todo o organismo. As causas dessa alteração não são completamente conhecidas mas envolvem o tabagismo, a obesidade, o alto colesterol, a hipertensão arterial, a diabetes e doenças do colágeno.
O tratamento dos aneurismas é realizado para evitar sua principal complicação que é a ruptura. Nesses casos 50% dos doentes vai a óbito imediatamente e dos que chegam a ser operados 90% morre.
Existem duas possibilidades de tratamento. Uma é a cirúrgica e a outra é a Intervencionista.
A cirúrgica é realizada através de uma grande incisão no abdômen com o isolamento das alças intestinais, já que a aorta fica próxima à coluna. Com a aorta nas mãos o cirurgião faz uma ponte entre os trechos saudáveis da aorta, “pulando” a região acometida pelo aneurisma.